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Tudo o que precisa de saber para se proteger do novo coronavirus

Written by on March 2, 2020

“Os Coronavírus são uma família de vírus conhecidos por causar doença no ser  humano. A infeção pode ser semelhante a uma gripe comum ou apresentar-se como doença mais grave, como pneumonia”, pode ler-se no site da Direção-Geral da Saúde (DGS).

Ainda está em investigação a via de transmissão, sendo que foi confirmado que pode acontecer de pessoa para pessoa. Em Hong Kong, no Japão, sabe-se também que há um cão que carrega o vírus, pelo que as autoridades locais decidiram colocar todos os animais de estimação de pessoas infetadas em quarentena.

Quais são os sintomas do novo coronavírus?

Os sintomas da infeção com este vírus são semelhantes aos de uma constipação, podendo ser acompanhados de febre, tosse, fadiga e dificuldade respiratória.

Uma pessoa infetada pode provocar o contágio através da fala, da tosse ou do espirro. No entanto, a DGS alerta que as gotículas não se propagam habitualmente a uma distância superior a um metro, podendo, sim, depositar-se nas superfícies, como mesas, assentos de transportes, entre outros.

 

A utilização de máscara protege pessoas saudáveis contra a doença?

Uma pergunta que tem sido comum está relacionada com o uso das tais máscaras por pessoas saudáveis. Sobre isso, “até à data, a Organização Mundial da Saúde (OMS) não aconselha o uso de máscara pelas populações.”

Entre as razões evidenciadas está o facto de a máscara não funcionar quando mal colocada e mal retirada. Além disso, pode levar à acumulação de vírus e o contacto das mãos com a máscara contaminada leva à propagação da doença.

“Por estes motivos, as máscaras podem dar uma falsa sensação de segurança. No entanto, as pessoas que possam estar infetadas devem colocar uma máscara para evitar contagiar”, alerta a DGS.

O que pode fazer para se proteger do Covid-19?

Em fase de surto ou epidemia, recomenda-se lavar frequentemente as mãos; espirrar e tossir para o cotovelo; utilizar lenços descartáveis; deitar de imediato os lenços para o lixo; e lavar as mãos ou utilizar solução alcoólica sempre que se assoar, espirrar ou tossir.

Em relação à lavagem das mãos, a DGS é mais pormenorizada: deve lavar as palmas e as costas das mãos, bem como entre os dedos, com água e sabão ou com a tal solução à base de álcool.

Atenção: tem de esfregar as mãos durante, pelo menos, 20 segundos, de forma a garantir que os vírus e bactérias são eliminados. No final, deve enxaguar bem as mãos em água corrente limpa e secar as mãos com uma toalha limpa ou ao ar.

Por outro lado, a DGS aconselha que durante 14 dias essas pessoas estejam atentas ao aparecimento de febre, tosse ou dificuldade respiratória, devendo medir a temperatura corporal duas vezes por dia e registar os valores.

Se for viajar, as recomendações passam por evitar o contacto próximo com pessoas com infeção respiratória e lavar as mãos frequentemente. Contudo, o Portal das Comunidades Portuguesas desaconselha todas as deslocações à Província de Hubei e viagens não essenciais à China.

 

Outras recomendações internacionais

Os funcionários do Serviço Nacional de Saúde britânico estão a ser aconselhados a cortar a barba e o bigode por causa do novo coronavírus. É que, aparentemente, o pelo impede que as máscaras de proteção adiram à pele, comprometendo a sua eficácia.

A direção clínica do Hospital Universitário de Southampton, no Reino Unido, enviou um email aos trabalhadores com o assunto “problema conhecido”. Lá, está anexada uma imagem com 36 tipos diferentes de pelos faciais, indicando quais os que são aceitáveis e aqueles que não são. Porém, nestas regras não estão incluídos os homens que usam barba por motivos religiosos.

“O perigo de uma barba ao usar uma máscara facial é que ela pode não se encaixar no rosto da pessoa com segurança e fornecer uma barreira suficiente para proteger o indivíduo/saúde do trabalhador”, disse ao “Standard” Nathalie MacDermott, especialista em infeções do King’s College.

Uma investigação realizada por especialistas chineses, e que contabiliza dados de 72.314 casos que foram detetados até 11 de fevereiro, publicada no dia 19 do mesmo mês, revelou a maioria dos infetados tem apenas sintomas leves de doença e o maior risco de morte aplica-se a idosos ou pessoas com outras doenças. O estudo, que é o mais completo até ao momento, avançou que a percentagem diminui drasticamente quando falamos de sintomas graves, que só afetam 13,8 por cento, e ainda mais quando se tratam de pacientes em estado crítico, que significam 4,7 por cento.

No que diz respeito à faixa etária, as pessoas com mais de 80 anos têm maior probabilidade de vir a morrer (14,8 por cento). Ao mesmo tempo, e com exceção de dois recém-nascidos infetados pelas mães, não há registo de mortes em crianças com menos de nove anos.

O estudo explica, ainda, que até aos 39 anos a taxa de mortalidade é de apenas 0,2 por cento. Naturalmente, com o avançar dos anos, estes valores também sobem, fazendo com que a faixa etária dos 40 anos vá aos 0,4 por cento e o número suba para 1,3 na casa dos 50 anos. As maiores subidas acontecem na faixa dos 60 (3,6 por cento) e 70 anos (8 por cento).

Quem tem outras doenças no historial estará mais suscetível a complicações com o coronavírus que poderão levar à morte, especialmente doentes cardiovasculares, com diabetes, hipertensão ou doenças respiratórias crónicas. Numa outra perspetiva, os homens têm maior probabilidade de morrer do que as mulheres. Ainda assim, os autores da investigação dizem que a taxa de mortalidade geral deste vírus é de apenas 2,3 por cento.

Neste momento, o maior número de casos registados é na China Continental (80,026), seguida da Coreia do Sul (4335), Itália (1694), 978 (Irão), Japão (256), França (130), Alemanha (130), Singapura (106), Hong Kong (98), Estados Unidos (86) e Espanha (84).

A Universidade Johns Hopkins, em Baltimore, nos Estados Unidos, criou um mapa que atualiza em tempo real o número de infetados, mortes e de recuperações relacionadas com o vírus.

 

Fonte: NIT.pt