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Onda de calor provoca dezenas de mortes súbitas no Canadá

Written by on July 2, 2021

Incendios e onda de calor - Camões rádio - Canada

Dezenas de pessoas morreram repentinamente entre segunda e terça-feira na região de Vancouver, mortes essas provavelmente relacionadas com a onda de calor que atingiu o oeste do Canadá e partes do noroeste dos EUA, anunciou a polícia federal canadiana.

 

Duas esquadras da polícia na região de Vancouver anunciaram que pelo menos 69 pessoas morreram repentinamente desde segunda-feira, quando a onda de calor atingiu o seu pico de temperatura.

“Acreditamos que o calor contribuiu para a maioria das mortes”, lê-se num comunicado policial, acrescentando que a maioria das vítimas são idosos.

“Este momento pode ser mortal para os membros vulneráveis da nossa comunidade, especialmente os idosos e aqueles com problemas de saúde subjacentes”, disse o porta-voz do Burnaby RMPC, Mike Kalanj, instando as pessoas a “verificarem como estão os seus entes queridos e vizinhos”.

A mensagem foi imediatamente reforçada pelo primeiro-ministro da província da Colúmbia Britânica, John Horgan. “Esta é a semana mais quente que os habitantes desta região já viveram”, disse Horgan. “E isso tem consequências, consequências desastrosas para famílias e comunidades, mas, novamente, a forma de passar por este momento excecional é ficarmos juntos, verificar [o estado de saúde] das pessoas que sabemos que estão em risco, garantir que temos compressas frias no frigorífico”, acrescentou.

Vancouver, localizada na costa do Pacífico, regista há vários dias temperaturas acima de 30ºC, bem acima dos 21 graus que tem em média nesta época do ano.

Na segunda-feira, o Canadá registou um novo recorde histórico de altas temperaturas, com 47,9ºC em Lytton, na Colúmbia Britânica, a cerca de 250 quilómetros a leste de Vancouver.

Onda de calor “preocupante”

“A duração desta onda de calor é preocupante, pois quase não há tréguas à noite (…) Esta onda de calor recorde aumentará o risco de doenças relacionadas com o calor”, alertou o Ministério do Meio Ambiente canadiano.

Além da Colúmbia Britânica, também foram emitidos alertas para as províncias mais orientais de Alberta, Saskatchewan e Manitoba, além de partes dos Territórios de Yukon e do Noroeste, no norte do Canadá.

Ares condicionados e ventiladores estão em falta na região. As cidades abriram centros de arrefecimento, além de cancelar campanhas de vacinação contra a covid-19 e fechar escolas.

A onda de calor também afetou cidades norte-americanas ao sul de Vancouver no início da semana, como Portland (Oregon) e Seattle (Washington), também conhecidas pelo seu clima ameno e húmido, onde a temperatura atingiu as maiores temperaturas desde o início dos registos, em 1940.

Na tarde de segunda-feira, foram registados 46,1ºC no aeroporto de Portland e 41,6ºC no aeroporto de Seattle, de acordo com oUnited States Weather Service (NWS).

A onda de calor, que provocou vários incêndios florestais em ambos os lados da fronteira EUA-Canadá, deve-se a um fenômeno conhecido como “cúpula de calor”, em que altas pressões prendem o ar quente na região.

“As ondas de calor estão a tornar-se mais frequentes e intensas à medida que as concentrações de gases de efeito estufa aumentam as temperaturas globais. Começam mais cedo e terminam mais tarde, causando um impacto cada vez maior na saúde humana e nos sistemas de saúde”, alertou a Organização Meteorológica Mundial, com sede em Genebra.

 

Fonte: JN