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Polémica Tory Burch: depois da camisola poveira, a cerâmica de Bordallo Pinheiro

Written by on March 26, 2021

Polémica Tory Burch - camões rádio - Portugal

A estilista norte-americana Tory Burch continua debaixo de fogo. Depois da camisola poveira, agora surge nova polémica com a loiça Bordallo Pinheiro.

Os portugueses não perdoaram e já inundaram a sua página do Facebook de comentários. “Outra vez?”, “cópia descarada”, “pára de roubar ideias e dizer que são tuas!”, são alguns dos mais de uma centena de comentários à fotografia que mostra o serviço de loiça “Lettuce” (alface) em tudo idêntico ao famoso “Couve” de Bordallo Pinheiro, que tem mais de um século de existência.

Nalgumas peças do serviço, as semelhanças são mais do que muitas: a imitação das folhas da couve/alface, os veios das folhas a branco, as cores (a loiça está, nos dois casos, disponível em verde e em branco). Cada peça do serviço da “Bordallo Pinheiro” custa entre 20 e 30 euros. As da Tory Burch custam entre 150 e 300 euros.

“Inspiração não! Vergonhosamente copiada”

Quanto à camisola poveira, depois da polémica, a estilista milionária voltou a mudar o nome da camisola à venda no seu site que é agora “Póvoa de Varzim – inspired sweater”, com direito a link para o site da autarquia. Ainda assim, os poveiros não se calam: “Inspirada não! Vergonhosamente copiada”, pode ler-se no pedido de desculpas da estilista, que tem já mais de dois mil comentários.

Na descrição da peça, Tory Burch diz que a sua tem “ombros caídos, bainha cortada e não é tão larga”. A “desculpa” não convenceu.

A Câmara já fez saber que quer “mais do que um pedido de desculpas”, ser “ressarcida” pelos danos causados. As duas partes começaram, na quinta-feira, a negociar um protocolo, depois de Tory Burch se ter comprometido a apoiar o artesanato local.

Também ao JN, o gabinete de imprensa da estilista reiterou a mesma vontade: “Queremos reconhecer ainda mais esta importante tradição e depois de ter falado com o concelho da Póvoa de Varzim, que aceitou as nossas desculpas, estamos a trabalhar em conjunto de forma a encontrar as melhores soluções para apoiar os artesãos locais”, respondeu, reconhecendo o “erro” na falta de referência inicial à Póvoa – a camisola era descrita como inspirada na baja mexicana. Ainda assim, insiste na “inspiração”. Os poveiros não aceitam. Lembram que as fotografias “falam por si” e, em dois dias, inundaram o facebook de imagens da camisola poveira.

 

Fonte:  JN