#FreeBritney. O movimento que quer libertar Britney Spears do alegado esquema de manipulação do pai
Written by Camões Radio on July 15, 2020
Numa carta que a cantora terá escrito a um dos seus fotógrafos, revela ter sido “enganada e usada”. Em causa está o facto de, em 2008, o tribunal lhe ter atribuído um tutor legal, o pai, por considerar que a cantora não era mentalmente capaz de cuidar de si.
Nos últimos 12 anos, Britney Spears lançou quatro álbuns de originais, encabeçou três digressões mundiais, foi jurada da segunda edição do programa “X-Factor”, lançou várias coleções de perfumes e lingerie e o seu nome, enquanto marca, terá gerado uma receita de cerca de 138 milhões de dólares (o equivalente a 121 milhões de euros) por ano. Ainda que Britney se tenha mantido ativa enquanto profissional, desde 2008 que a lei a continua a considerar mentalmente incapaz de cuidar de si própria depois de vários anos a lutar com doenças do foro mental.
Essas crises culminaram em momentos que ainda hoje estão presentes na mente dos fãs mais atentos à carreira da artista. É que em 2007, Britney Spears rapou o cabelo, tentou atacar os paparrazi que a perseguiam de forma insistente e agressiva, fechou-se em casa com os seus dois filhos e sofreu uma overdose de anfetaminas.
O desfecho é conhecido por todos: o internamento numa clinica psiquiátrica que se voltou a repetir no início de 2019, desta vez de forma involuntária e por imposição de Jamie Spears, o pai, que é também o seu tutor legal desde 2012 — altura em que o tribunal decidiu que a cantora não estava em condições de tomar decisões por si. Este estatuto é geralmente aplicado a indivíduos que denotem um estado avançado de deterioração mental ou quem sejam diagnosticados com demência.
Esta decisão do tribunal, que pode ser revista, declara que o pai de Britney Spears tem controlo total sobre a carreira da filha, bem como sobre quaisquer negociações comerciais que possam surgir ou entrevistas que sejam pedidas pelos vários órgãos de comunicação social. A serem aprovadas, estas entrevistas são sempre combinadas e a equipa de Spears exige o acesso prévio às perguntas para que possa preparar as respetivas respostas.
Mas esta decisão judicial impede-a ainda de contratar um advogado, de saber exatamente quanto dinheiro tem nas suas contas bancárias ou de falar abertamente sobre os detalhes que a obrigam a viver sem vontade própria.
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