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Futuro da alimentação passa pela carne de laboratório e insetos

Written by on April 27, 2022

O futuro da alimentação - Camões Rádio - Noticias

Cientistas finlandeses calcularam os benefícios ambientais dos alimentos e concluíram que consumir carne criada em laboratório e insetos moídos pode levar a grandes reduções nas emissões de carbono e água, mas ainda não está claro se os consumidores vão querer mudar os seus hábitos ambientais.

Vários alimentos não convencionais estão a ser desenvolvidos, com o objetivo de fornecer proteínas e outros nutrientes aos humanos, ao mesmo tempo que beneficiam o planeta, usando menos água e terra.

Na Finlândia, cientistas estudaram o perfil nutricional de alguns desses produtos e analisaram três medidas de pressão ambiental: o uso de água, terra e potenciais emissões de carbono. Trocar a carne, os laticínios e outros produtos de origem animal por alimentos alternativos pode reduzir esses impactos em mais de 80%, ao mesmo tempo que fornece uma gama mais completa de nutrientes essenciais, do que uma dieta puramente vegetariana ou vegana.

Descobriram também que soluções mais práticas e simples, como reduzir o consumo de carne e comer mais vegetais, tiveram um impacto significativo no planeta. “Com reduções significativas de alimentos de origem animal, substituições por alimentos novos e alternativas à proteína à base de plantas, podemos ter reduções significativas no impacto ambiental”, afirma Rachel Mazac, da Universidade de Helsínquia.

Segundo Mazac, seguir uma dieta vegana tem igualmente um impacto significativo, pois, numa dieta em que é feita uma redução de 75% de alimentos de origem animal, “podemos ter uma redução de aproximadamente 75% em todos os seus impactos”.

A investigação, publicada na “Nature Food”, examinou novos alimentos que devem passar a fazer parte das nossas dietas nos próximos anos, muitos dos quais dependem de métodos de alta tecnologia para “cultivar” células animais e vegetais em biorreatores. Moscas e grilos, clara de ovo de células de galinha cultivadas em laboratório, algas comestíveis, leite, carne e frutas cultivadas a partir de células, são alguns dos novos alimentos estudados.

Asaf Tzachor, da Universidade de Cambridge, que não fez parte da equipa que publicou este trabalho, disse que, embora as descobertas sejam “promissoras”, a falta de vontade dos consumidores de mudar as dietas pode “adiar ou impedir esta transição tão necessária”. Muitos estudos mostraram que a adoção de uma dieta baseada em vegetais traz benefícios, tanto para a saúde, quanto para o planeta. Foi feita uma recomendação, por parte do Painel Intergovernamental, sobre Mudanças Climáticas, para a adoção de dietas equilibradas, ricas em plantas, como grãos e vegetais, com uma ingestão moderada de carne e laticínios produzidos de forma sustentável.

 

Fonte: JN