Current track

Title

Artist

Current show

X Radio Show

9:00 pm 10:00 pm

 

Current show

X Radio Show

9:00 pm 10:00 pm

 

Background

Por que certas músicas nos arrepiam?

Written by on February 11, 2024

 

Por que certas músicas nos arrepiam?

No vasto universo da música, encontramos um fenômeno que transcende fronteiras culturais e idades, uma experiência única que muitos de nós já vivenciamos: um arrepio ao ouvir determinadas melodias. Mas afinal, o que acontece em nossos cérebros quando a música nos envolve de tal forma? E por que essa resposta física é tão universalmente prazerosa?

A música evoluiu para além de um mero entretenimento, refletindo — e moldando — a sociedade contemporânea. Mas o que torna a música tão especial é que, ao contrário de muitas habilidades que aprendemos, nosso amor por ela parece ser inerente ao ser humano.

Conexão com antepassados

Desde que nascemos somos tocados pela música de maneiras que desafiam a nossa compreensão. Basta uma olhada rápida nas redes sociais para ver recém-nascidos e crianças pequenas interagindo com músicas de forma muito natural. À medida que envelhecemos, não perdemos essa capacidade de nos conectar com a música.

De acordo com especialistas, desde a ativação do sistema nervoso autônomo até a liberação de endorfinas, cada elemento contribui para criar uma experiência única e subjetiva. O arrepio é, em resumo, resultado de uma resposta ancestral relacionada à adrenalina, uma conexão profunda com nossos antepassados mais distantes.

 

Créditos: DR.

 

Contudo, nem todos experimentam esse fenômeno da mesma maneira. Algumas pessoas são menos propensas a sentir arrepios devido a diferenças nas respostas do sistema nervoso autônomo. A sensibilidade emocional e as experiências pessoais também desempenham um papel significativo.

A música, apesar de sua complexidade estética, não se limita ao intelecto; ela possui uma capacidade única de provocar respostas físicas automáticas em nosso corpo. Estudos revelam que indivíduos que relatam essas sensações têm cérebros com uma maior quantidade de fibras conectando o córtex auditivo às áreas emocionais, permitindo uma comunicação mais eficaz.

Tons de humanidade

Pesquisas indicam que pessoas que vivenciam frisson musical são mais abertas a novas experiências, demonstram maior criatividade e curiosidade intelectual. Essa apreciação estética, embora não tenha um valor intrínseco claro para a sobrevivência, pode ser parte integrante do que nos torna humanos.

Pesquisas utilizando eletroencefalografia de alta densidade têm revelado padrões de atividade cerebral durante esses momentos especiais. A presença de atividade teta, que tem relação direta com funções como memória, atenção e recompensa antecipada, destaca a importância do processamento emocional musical.

Essas descobertas sugerem que nossa afinidade pela música pode ter raízes profundas em nossa evolução. A música, como estímulo para a liberação de ocitocina — conhecido popularmente como “hormônio do amor” —, pode ter contribuído para a coesão social em nossos ancestrais.

Assim, a música pode ter servido como uma ferramenta importante e poderosa para criar laços afetivos e promover a sobrevivência dos grupos, afinal, quem vivia em comunidade tinha mais chance de ficar vivo (o que não mudou muito até hoje, não é mesmo?).

Além de tudo, uma coisa é certa: ouvir música vai além do prazer imediato, proporcionando benefícios psicológicos, emocionais e até físicos.

Fonte: Victor Soares/Mega

Tagged as

Continue reading